quinta-feira, 4 de abril de 2013

"Lucky Guy" Tom Hanks tem estreia sólida na Broadway em peça mais ou menos, dizem os críticos

Tom Hanks impressionou os críticos com a sua estreia na Broadway em "Lucky Guy", a última peça de Nora Ephron, mas a falecida argumentista e realizadora de Hollywood não se saiu tão bem com o seu drama situado numa redação que estreou na noite de segunda-feira, segundo à agência Reuters.
Como o jornalista de um tablóide Mike McAlary, que ganhou um prémio Pulitzer, cobrindo os escândalos policiais e os crimes pavorosos de Nova York para o Daily News e o New York Post, Hanks recompensa o público «com uma performance comprometida e generosa», disse a Entertainment Weekly.
O Hollywood Reporter disse que Hanks, duas vezes vencedor do Óscar e que já está a ser cotado como favorito para o Tony pelo seu trabalho na peça, «não tem medo de mostrar o personagem como um imbecil ofensivo, embora a integridade inata do ator garanta que lamentemos por Mike quando ele recebe alguns golpes duros».
McAlary era um repórter alcoólico e de vida difícil que morreu jovem, aos 41 anos, de cancro, em 1998.
«Embora ele não tenha pisado um palco em anos, a afável estrela do cinema volta à cena como um peixe para a água», disse a Variety sobre Hanks, cuja carreira no teatro era limitada a pequenas produções de Shakespeare nos anos 1970.
Mas os críticos foram menos empolgados com a peça de Ephron.
«Embora sincero, o show é uma confusão. Enfadonho e exageradamente linear, patina sobre uma superfície leviana como um típico filme de televisão», disse o Daily News.
Como a maioria, o New York Times gostou da interpretação de Hanks mais do que da peça.
«Hanks está sempre entusiasmado e habilidosamente presente para agir como uma ilustração animada para as histórias (de McAlary)», disse o jornal. «Mas não lhe é dado muito espaço para mais».
Acrescentou que a peça «pouco mais é do que a soma das suas anedotas» e «frequentemente parece ter apenas a profundeza de um papel de jornal», em contraste com a escrita e os filmes mordazes de Ephron.
A Entertainment Weekly descreveu a peça como «inconsequente e dramaticamente inerte» e «uma peça confusa e apagada sobre um estúpido não particularmente notável com uma tendência à auto-promoção».
O Hollywood Reporter chegou a uma conclusão dividida sobre a peça, dizendo que embora não fosse um drama excepcional e não tivesse complexidade, tinha «um roteiro inteligente, absorvente e entrelaçado com humor crepitante».
Hanks colaborou bastante com Ephron, incluindo nos filmes de sucesso como "Sintonia de Amor" e "Você Tem Uma Mensagem". Ephron morreu em junho, aos 71 anos, de complicações da leucemia.
As críticas, no final, provaram-se irrelevantes. Na sua primeira semana de estreias, a peça arrecadou mais de 1 milhão de dólares, junto com sucessos como "O Livro de Mórmon", "O Rei Leão" e "Wicked".

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