Roger Ebert, o primeiro crítico cinematográfico a ganhar um Prémio Pulitzer, morreu esta quinta-feira, aos 70 anos, anunciou o jornal que o empregou ao longo de mais de quatro décadas.
Ebert, que apenas há dois dias tinha anunciado que ia fazer um intervalo no seu principal emprego, sucumbiu a um cancro, que o afectava há muito, segundo o Chicago Sun-Times.
Ebert «promoveu a excelência nos filmes, ao minimizar o terrível, o subproduto ou o apenas medíocre, com um olho observador, uma inteligência cáustica e uma profundidade de conhecimento que deliciaram os seus milhões de leitores e espetadores», salientou o título.
Este crítico da produção escrita, televisiva e em linha, cujo cumprimento «dois dedos para cima» tornou-se uma marca de excelência ambicionada pelos realizadores, começou a trabalhar para o Chicago Sun-Times em 1967.
Ebert venceu o Pulitzer em 1975 por criticismo distinto, o primeiro e apenas um dos três distinguidos por este prémio, e animou longos programas televisivos de crítica cinematográfica, com polegar para cima ou para baixo como principal símbolo.
Ebert, que esteve com uma saúde débil ao longo de uma década, com cancros na tiróide e nas glândulas salivares, partilhou as suas opiniões através de blogues e outros meios sociais, como a rede Twitter.
Na terça-feira, em mensagem colocada no blogue, anunciou uma "Ausência", mas revelava planos para continuar a trabalhar: «Lancei-me no Ebert Digital e no reformulado e muito interactivo e pesquisável Rogerebert.com».
Prometia ainda mais novidades quando o novo sítio fosse lançado em 09 de Abril, dizendo que ia acolher um arquivo das suas mais de dez mil críticas de filmes, que fizera nos últimos 46 anos.
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