O festival IndieLisboa, que começa na quinta-feira, está a cumprir dez anos, com uma linha programática fiel às origens, mostrando cinema novo e diferente, disse à agência Lusa um dos diretores, Nuno Sena.
«O festival quis ser um espaço de revelação de cinema novo, um encontro do cinema português com o público, uma montra que gera novos encontros e acho que isso foi conseguido», referiu Nuno Sena. O Festival Internacional de Cinema Independente decorrerá até ao dia 28 com a exibição de quase 250 filmes estrangeiros e portugueses no cinema São Jorge, Culturgest, Cinema City Alvalade e Cinemateca.
Se há dez anos a direção do IndieLisboa tinha 400 filmes para visionar e selecionar, à décima edição a escolha foi feita entre 4.000 filmes. Do cinema português, que em 2012 não registou qualquer apoio financeiro público, serão exibidos mais de 40 filmes, entre longas e curtas-metragens, um recorde enaltecido pela organização.
«Estamos contentes que sintam que o IndieLisboa pode dar um impulso inicial ao cinema português. Há dez anos passaram por cá filmes do Miguel Gomes ou Sérgio Tréfaut. João Canijo, por exemplo, está de volta», referiu Nuno Sena.
Entre os filmes portugueses da programação conta-se, por exemplo, "É o Amor", de João Canijo, observação direta da vida piscatória de Caxinas, pelo olhar das mulheres, mestres em terra, enquanto os maridos andam no mar.
"A Batalha de Tabatô", de João Viana, e "Um Fim do Mundo", de Pedro Pinho, ambos apresentados no festival de Berlim, também integram o IndieLisboa e a competição de longas-metragens.
A programação internacional fica, em certa medida, condicionada pelo ano cinematográfico, que Nuno Sena considera ter sido «bom para o cinema independente».
«Têm sido anos interessantes. Por pressão talvez da tecnologia, há mais gente a fazer cinema à margem dos circuitos mais comerciais ou dos orçamentos mais pesados», referiu o programador, sublinhando a existência de histórias sobre a adolescência, as raízes familiares, a emigração, «histórias locais com um cariz universal».
A programação abrirá com "Não", do chileno Pablo Larraín, e encerrará com "Before Midnight", de Richard Linklater, o terceiro filme protagonizado por Julie Delpy e Ethan Hawke e cuja sessão está já esgotada.
Haverá ainda filmes de Brillante Mendoza, Noah Baumbach, Apichatpong Weerasethakul, "Spring Breakers - Viagem de Finalistas", de Harmony Korine, sobre rebeldia de um grupo de adolescentes, a série documental "Death Row", de Werner Herzog, sobre condenados à pena de morte nos Estados Unidos, e a trilogia "Paradies", do austríaco Ulrich Seidl.
No IndieMusic haverá, por exemplo, um documentário sobre o cantor soul Charles Bradley, uma nova versão do primeiro documentário sobre os Rolling Stones e ainda "Peaches does Herself", que a cantora canadiana Peaches apresentará em Lisboa.
A direção do festival apostou também nos eventos fora do ecrã, com concertos no Ritz Clube, com Peaches, os Linda Martini ou Manuel Fúria, que irá interpretar o álbum «Mãe», dos Heróis do Mar.
Dez anos passados desde a primeira edição, Nuno Sena fala em consolidação do projeto, com fidelização de público e uma mesma matriz desde os primeiros tempos em torno do cinema «fora do formato».
Se há dez anos a direção do IndieLisboa tinha 400 filmes para visionar e selecionar, à décima edição a escolha foi feita entre 4.000 filmes. Do cinema português, que em 2012 não registou qualquer apoio financeiro público, serão exibidos mais de 40 filmes, entre longas e curtas-metragens, um recorde enaltecido pela organização.
«Estamos contentes que sintam que o IndieLisboa pode dar um impulso inicial ao cinema português. Há dez anos passaram por cá filmes do Miguel Gomes ou Sérgio Tréfaut. João Canijo, por exemplo, está de volta», referiu Nuno Sena.
Entre os filmes portugueses da programação conta-se, por exemplo, "É o Amor", de João Canijo, observação direta da vida piscatória de Caxinas, pelo olhar das mulheres, mestres em terra, enquanto os maridos andam no mar.
"A Batalha de Tabatô", de João Viana, e "Um Fim do Mundo", de Pedro Pinho, ambos apresentados no festival de Berlim, também integram o IndieLisboa e a competição de longas-metragens.
A programação internacional fica, em certa medida, condicionada pelo ano cinematográfico, que Nuno Sena considera ter sido «bom para o cinema independente».
«Têm sido anos interessantes. Por pressão talvez da tecnologia, há mais gente a fazer cinema à margem dos circuitos mais comerciais ou dos orçamentos mais pesados», referiu o programador, sublinhando a existência de histórias sobre a adolescência, as raízes familiares, a emigração, «histórias locais com um cariz universal».
A programação abrirá com "Não", do chileno Pablo Larraín, e encerrará com "Before Midnight", de Richard Linklater, o terceiro filme protagonizado por Julie Delpy e Ethan Hawke e cuja sessão está já esgotada.
Haverá ainda filmes de Brillante Mendoza, Noah Baumbach, Apichatpong Weerasethakul, "Spring Breakers - Viagem de Finalistas", de Harmony Korine, sobre rebeldia de um grupo de adolescentes, a série documental "Death Row", de Werner Herzog, sobre condenados à pena de morte nos Estados Unidos, e a trilogia "Paradies", do austríaco Ulrich Seidl.
No IndieMusic haverá, por exemplo, um documentário sobre o cantor soul Charles Bradley, uma nova versão do primeiro documentário sobre os Rolling Stones e ainda "Peaches does Herself", que a cantora canadiana Peaches apresentará em Lisboa.
A direção do festival apostou também nos eventos fora do ecrã, com concertos no Ritz Clube, com Peaches, os Linda Martini ou Manuel Fúria, que irá interpretar o álbum «Mãe», dos Heróis do Mar.
Dez anos passados desde a primeira edição, Nuno Sena fala em consolidação do projeto, com fidelização de público e uma mesma matriz desde os primeiros tempos em torno do cinema «fora do formato».
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