O documentário "2016: Obama's America", assinado pelo conservador Dinesh D'Souza e que apresenta uma imagem nebativa de Barack Obama, está a ser um dos filmes mais vistos nos EUA às vésperas das eleições presidenciais norte-americanas.
Além de assistir aos comícios e acompanhar os discursos dos candidatos, os delegados da Convenção Republicana em Tampa, Florida, têm outra missão obrigatória: ir ao cinema ver um documentário que critica violentamente o presidente Barack Obama. Assim, centenas de republicanos acorreram aos cinemas do centro comercial West Shore Plaza, em Tampa, para ver "2016, Obama's America", e todos saíram aparentemente felizes da sala de projeção.
«Ficámos encantados, esperamos que todo agente veja, reflita e não vote mais neste homem», declarou à AFP Rosalie Tadda, uma delegada do Havai. «É um filme muito bom. Eu queria uma perspetiva diferente, que nos desse mais detalhes do que os meios de comunicação, e que realmente nos abrisse os olhos», acrescenta Jim Esker, um delegado suplente, também do Havai.
O filme, baseado no «best-seller» do conservador Dinesh D'Souza, «The Roots of Obama's Rage», centra-se na pergunta «Se Barack Obama conseguir um segundo mandato, como estarão os Estados Unidos em 2016?». E, entre outras coisas, destaca que Obama herdou do seu pai quéniano - que ele não conheceu - uma visão anticolonialista do mundo, que ameaça atirar os Estados Unidos para o socialismo e levar o país à falência, caso seja reeleito a 6 de novembro.
Dinesh D'Souza, um intelectual americano de origem indiana, - que assume ser um homem de cor como Obama -, aparece várias vezes no documentário e, à imagem do seu contraponto democrata Michael Moore, entrevista comentadores e especialistas conservadores, que cruza com imagens de arquivo.
A película, que também é realizado por D'Souza em parceria com John Sullivan, estreou em poucas salas de cinema em julho e agora é exibido em cerca de mil cinemas, atraindo mais público à medida que a campanha eleitoral aquece.
A produção provou ser um êxito imediato de bilheteira, ficando no último fim-de-semana entre os dez filmes mais vistos nos EUA, com uma faturação de de cerca de 6,5 milhões de dólares, e um total de nove milhões em sete semanas de exibição.
Segundo o Washington Post, o filme já é «o documentário politicamente conservador mais bem sucedido até agora».
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