O filme "A Parada", de Srdjan Dragojevic, que conta as dificuldades de um casal homossexual, foi o vencedor do Golfinho de Ouro da 28ª edição do Festróia, que também distinguiu a atriz portuguesa Alexandra Lencastre com o prémio carreira, escreve a agência Lusa.
A 28ª edição do Festival Internacional de Cinema de Setúbal fica também marcada pelo regresso do certame ao renovado Fórum Luísa Todi, para satisfação da diretora do Festróia, Fernanda Silva.
«Estou muita satisfeita. O incentivo que esta sala nos dá faz com que corra tudo melhor e o público esteve em cerimónias ligadas ao festival a que quase não ia anteriormente, pessoas a querer comprar bilhetes quando já não havia», disse. «Com esta sala não temos vergonha nenhuma de trazer filmes, artistas e atores. No fundo, quando andávamos tipo saltimbancos, tínhamos alguma vergonha. Agora não. Com esta sala de espetáculos estamos na nossa praia», acrescentou, convicta de que o «regresso a casa» vai projetar ainda mais o festival e a cidade de Setúbal.
Sobre o prémio carreira atribuído a Alexandra Lencastre, Fernanda silva disse tratar-se de uma «homenagem merecida a uma grande atriz, que tem uma carreira surpreendente na televisão, no cinema no teatro».
Alexandra Lencastre disse estar muita satisfeita com a homenagem, mas confessou que tinha ficado «surpreendida» com a atribuição do prémio do Festróia.
«Sinto que tenho sido "um bom soldado", tenho trabalhado ao longo de 28 anos. É uma data que coincide como esta edição do Festróia. Sinto que há imensas atrizes que vão estar aqui noutras edições deste festival», disse.
A lista de prémios da 28ª edição do Festróia:
Melhor Filme - «A Parada», de Srdjan Dragojevic (Sérvia/Croácia/Macedónia/Montenegro/Eslovénia)
Prémio Especial do Júri - «Crulic», de Anca Damian (Roménia/Polónia)
Melhor Realizador - Branko Schmidt, «Canibal Vegetariano» (Croácia)
Melhor Ator - Max Hubacher, «Adotado» (Suíça)
Melhor Atriz - Amanda Pilke, «Porto Nu» (Finlândia)
Melhor Argumento - Olivier Ringer e Yves Ringer, «Às Escondidas» (Bélgica)
Melhor Fotografia - Tuomo Hutri, «Porto Nu» (Finlândia)
Prémio do Público - «A Parada», de Srdjan Dragojevic (Sérvia/Croácia/Macedónia/Montenegro/Eslovénia)
Prémio Homem e a Natureza - «Pequeno Céu», de Lieven Corthouts (Bélgica)
Prémio Primeiras Obras - «A Gralha», de Boudewijn Koole (Países Baixos)
Menção Especial - Os Dias Que Restam, de Pia Streitmann (Alemanha)
Prémio Fipresci - «Boa Noite, Menina», de Metod Pevec (Eslovénia/Croácia)
Prémio Signis - Às Escondidas, de Olivier Ringer (Bélgica)
Prémio CICAE - «Porto Nu», de Aku Louhimies (Finlândia)
Prémio Mário Ventura - «7 da Sorte», de Claudia Heindel, (Alemanha)
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