A longa-metragem "As linhas de Wellington", da realizadora chilena Valeria Sarmiento, com produção de Paulo Branco, esteve em exibição esta terça-feira no festival de cinema de Veneza, em Itália, onde compete pelo Leão de Ouro.
O filme, que integra a competição oficial do festival, terá estreia comercial em Portugal a 4 de outubro.
Com argumento de Carlos Saboga, "As linhas de Wellington" são um filme de época, passado no século XIX, tendo como pano de fundo a terceira invasão francesa em Portugal, «um episódio histórico importantíssimo», como afirmou o produtor Paulo Branco na apresentação da obra, em Lisboa.
A trama cruza a ficção com a verdade histórica da época, em que o general Arthur Wellesley, duque de Wellington, liderou um exército anglo-português e utilizou uma linha de fortificações que protegia Lisboa - as Linhas de Torres Vedras, indica a agência Lusa.
A rodagem do filme esteve nas mãos do realizador chileno Raul Ruiz, mas, com a morte deste, em 2011, a direção passou para a companheira, Valeria Sarmiento, à frente de uma equipa com atores portugueses e estrangeiros.
John Malkovich, Marisa Paredes, Catherine Deneuve, Michel Piccoli e Mathieu Amalric atuam ao lado de Nuno Lopes, Carlotto Cota, Albano Jerónimo, Soraia Chaves, Maria João Bastos ou Afonso Pimentel, e cerca de cinco mil figurantes, nesta recriação histórica.
O filme, rodado em Portugal, em particular na região de Torres Vedras, dará ainda origem a uma série televisiva de três episódios, que deverá ser exibida na RTP, com garantia de estreia noutros países.
Esta produção custou 4,5 milhões de euros, dos quais 1,5 milhões resultaram de financiamento português.
Além da exibição comercial em Portugal, "As linhas de Wellington" têm também estreia marcada em pelo menos 30 salas de cinema em França, a 21 de novembro.
O festival de cinema de Veneza terminará no dia 8, mas, até lá, ainda será exibido outro filme português, fora de competição: "O Gebo e a Sombra", de Manoel de Oliveira.
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