domingo, 9 de junho de 2013

Manoel de Oliveira entre os distinguidos com prémio Sophia

A atriz Laura Soveral, o realizador Manoel de Oliveira, o diretor de fotografia Acácio de Almeida e o distribuidor José Manuel Castello-Lopes serão distinguidos com o prémio Sophia de mérito e carreira, anunciou hoje a Academia Portuguesa de Cinema.
A entrega dos prémios decorrerá a 29 de setembro, em Lisboa, mas o local onde se realizará a cerimónia ainda não está definido, disse à Lusa o presidente da Academia, Paulo Trancoso.
Esta será a primeira cerimónia oficial dos Sophia, prémios anuais criados pela Academia Portuguesa de Cinema, para distinguir a produção cinematográfica nacional.
Em 2012, realizou-se uma cerimónia curta na Cinemateca, na qual foram atribuídos apenas os prémios de carreira (à atriz Isabel Ruth, ao realizador António de Macedo e ao produtor António da Cunha Telles).
Os prémios de carreira são, no entender da academia, «um justo reconhecimento a personalidades que se distinguiram na aproximação do cinema português aos portugueses e do cinema nacional ao mundo».
Este ano são distinguidos com o prémio de carreira a Laura Soveral, 80 anos, atriz de teatro e cinema, protagonista do recente "Tabu", de Miguel Gomes, e a Acácio de Almeida, 75 anos, diretor de fotografia de mais de uma centena de filmes portugueses e estrangeiros.
Com o prémio de carreira será também distinguido José Manuel Castello-Lopes, gerente da empresa distribuidora de cinema Castello-Lopes, fundada pelo pai.
O prémio Sophia de mérito e excelência será atribuído ao realizador Manoel de Oliveira, de 104 anos, referência histórica do cinema português.
Os Sophia pretendem distinguir anualmente o cinema português em várias categorias, como melhor filme, realização, representação masculina e feminina, banda sonora, fotografia, argumento original e adaptado, curta-metragem e documentário.
A lista dos nomeados, escolhidos entre a produção de cinema dos últimos meses, será revelada no início de setembro.
Para Paulo Trancoso, o cinema português viveu um ano «um bocado contrastante», porque não teve apoio financeiro público, mas registou um dos melhores, em termos de estreia em sala comercial, com mais de vinte filmes, a chegarem às salas de cinema.
A Academia Portuguesa de Cinema foi criada em 2011.

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