terça-feira, 5 de março de 2013

"Mamã" Realizador não descarta sequela, embora prefira passar testemunho

O realizador do filme de terror "Mamã", Andrés Muschietti, com estreia marcada para esta quinta-feira, disse à Lusa que não põe de parte a possibilidade de se fazer uma sequela do filme, embora prefira que seja outra pessoa a fazê-lo.
No Porto, com a irmã e coargumentista Barbara Muschietti, para promover, no âmbito do Fantasporto, a longa-metragem que se estreia em Portugal na quinta-feira, dia 7, o realizador argentino explica que a história do filme «já foi contada, e fazer uma segunda parte parece que responde mais a uma necessidade comercial do que a um impulso artístico».
Barbara Muschietti concorda e salienta que estão à procura de uma outra história para contar, na sequência de "Mamã", filme que abriu oficialmente a 33.ª edição do Fantasporto, na sexta-feira, e que faturou, de acordo com a IMDb, base de dados online dedicada ao cinema, faturou mais de 70 milhões de dólares, só nos Estados Unidos, entre a estreia, a 18 de janeiro, e o dia 22 de fevereiro.
Em 2009, a curta-metragem de três minutos, que deu origem à longa, recebeu o prémio Mélies de Prata no Fantasporto, o que faz com que Andrés Muschietti reconheça o quão «significativo» é voltar ao Porto, ainda por cima para abrir o festival.
Em termos de projetos próximos, está em cima da mesa a possibilidade de os irmãos Muschietti se verem envolvidos na adaptação ao cinema de "Bird Box", livro do músico Josh Malerman, cujos direitos se encontram na posse da Universal, sem que nada esteja confirmado até ao momento.
«Creio que há muitas histórias a contar e, neste momento, estamos a encontrar as que queremos», disse Barbara Muschietti à Lusa.
O irmão Andrés explica que há dois caminhos que se abrem na sequência do êxito de "Mamã", sendo, o primeiro, «deixar-se levar pelo lado industrial», um percurso «cómodo», mas também «divertido», por se ter a possibilidade de ler argumentos de outras pessoas.
«O outro é mais árduo, se continuares a escrever tu próprio as histórias, mantendo a figura de autor, que é algo que vale a pena manter», disse o realizador.

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