sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Lisbon & Estoril Film Festival: mostra obras de David Hockney, Alberto de Lacerda e Noronha da Costa

O festival vai decorrer até 18 de novembro, com a exibição de filmes e a presença de convidados como o ator William Dafoe, os escritores Hanif Kureishi e Enrique Vila-Matas, e o pianista Alfred Brendel.
Na programação paralela ao cinema, está prevista, no sábado, a inauguração, às 17h00, na Casa das Histórias, da exposição «There», com objetos e desenhos trocados entre David Hockney e Alberto de Lacerda, quando se conheceram em Londres, onde o poeta português fixou residência.
David Hockney, atualmente com 75 anos, considerado um dos mais conceituados artistas britânicos, conheceu Alberto de Lacerda (1928-2007) nos anos 1960, numa altura em que o poeta português escrevia crónicas na BBC.
Lacerda, numa das suas crónicas, escreveu que o artista britânico lhe dava «uma sensação de plenitude, de felicidade e de realização». Iniciaram uma troca de correspondência e Hockney ofereceu-lhe alguns trabalhos, enquanto Alberto Lacerda comprou outros, estabelecendo assim as fundações de uma grande amizade.
Na altura da inauguração será lançado o catálogo «Hockney na Coleção Alberto de Lacerda», organizado por Luís Amorim de Sousa, numa edição da Documenta.
Na sexta-feira, dia da abertura do festival de cinema, é também inaugurada, pelas 18h00, no Centro de Congressos do Estoril, a exposição «Noronha da Costa - A Representação das Imagens», com algumas das obras mais importantes do artista.
Nascido em Lisboa, em 1942, e licenciado em Arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, Noronha da Costa foi um criador multifacetado, dividido por várias artes, além da formação, como a pintura, a escrita, o cinema e a escultura.
A obra de Noronha da Costa é integrada na programação do certame, segundo a organização, devido à sua ligação ao cinema, na capacidade de «simular planos prontos a filmar, personagens dispostas em cena, retratos que precisam de ser focados com a lente correta».
«A sua obra indaga o estatuto da imagem, a concentração percetiva e a visão difusa sobre o reflexo e o especulativo», escreveu sobre ele o crítico de arte Delfim Sardo.
«Cada um com a sua Ítaca», da fotógrafa portuguesa Isabel Zuzarte, é outra das exposições integradas no festival, prevista para inaugurar, também às 18h00 de sexta-feira, no Centro de Congressos do Estoril.
A obra de Isabel Zuzarte abrange desde a fotografia de moda, ao retrato e à fotografia documental.
 

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