segunda-feira, 13 de maio de 2013

Cinema brasileiro mostrado em Viseu durante este mês

O Cine Clube de Viseu apresenta, a partir de terça-feira, um olhar pelo cinema brasileiro, com a exibição de filmes de cineastas emergentes que estão a conseguir conquistar espaço no mapa dos grandes acontecimentos cinematográficos internacionais.
Rodrigo Francisco, do Cine Clube de Viseu, disse esta segunda-feira à agência Lusa que, em Portugal, «é difícil ter acesso ao cinema brasileiro», o que acontece também com a cinematografia de outros países.
«O que caracteriza o Cine Clube é contrariar essas dificuldades que existem em chegar ao cinema de certos países. Por isso é que apresentamos este ciclo como um dos pontos altos da nossa actividade para este ano», justificou.
O responsável do Cine Clube de Viseu está optimista relativamente ao público que vai aparecer para ver os filmes, que serão exibidos todas as terças-feiras deste mês, porque «esta especificidade dos ciclos atrai as pessoas, que têm oportunidade de ter, num conjunto de sessões concentradas, uma perspetiva mais completa de uma coisa que é bastante desconhecida».
Para este ciclo de "Novíssimo Cinema Brasileiro" foram escolhidos «alguns dos autores mais emergentes do cinema brasileiro actual» e «filmes que espelhem minimamente a riqueza e diversidade que existe atualmente».
Na primeira terça-feira será exibido o filme "Além da estrada", de Charly Braun (2011), uma co-produção brasileira e uruguaia que se passa durante uma viagem por «paisagens longínquas e inóspitas do Uruguai», explicou.
No dia 21, será apresentado o documentário "Belair", de Bruno Safadi e Noa Bressane (2009), que recupera a história da produtora brasileira Belair Filmes, fundada em 1970.
Segundo Rodrigo Francisco, a Belair Filmes, «em pleno regime militar do Brasil, conseguiu produzir várias longas-metragens que dinamitavam o convencionalismo, a ditadura militar que amordaçava o Brasil».
O ciclo termina no dia 28, com "Sudoeste", de Eduardo Nunes (2012), e que é considerado «um dos mais belos filmes do cinema brasileiro contemporâneo».
«É a primeira vez que esta cópia é exibida em Portugal. É um filme poético, que se passa no sertão», acrescentou.

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