Documentos tornados públicos confirmam que o argumentista e a realizadora de "Zero Dark Thirty" (00:30 A Hora Negra) procederam a alterações ao filme a pedido da CIA.
De acordo com o site Gawker, uma série de documentos desclassificados permite compreender até que ponto chegou a colaboração entre a agência de espionagem e os cineastas.
Mais do que simples troca de informações, existiu uma profunda influência da CIA na produção do filme sobre a captura e morte de Osama Bin Laden, como prova o volume de correspondência entre as duas partes que foi tornado público recentemente a pedido da organização não governamental Judicial Watch (de inspiração conservadora).
Por um lado, os documentos demonstram o interesse da CIA e da administração Obama em apoiar o que consideram ser «um cavalo ganhador» entre vários outros projetos de adaptação ao cinema da operação de localização e captura do líder da Al Qaeda - o pedigree de Bigelow e Boal como vencedores dos Óscares com "The Hurt Locker" pesou bastante. Torna-se também óbvio, ao ler as transcrições, que existe interesse de ambas as partes em conferir o máximo de realismo a todos os detalhes do filme, sejam salas de operações, ou táticas utilizadas.
Por outro, os documentos provam que a CIA pediu efetivamente o corte de alguns aspetos menos agradáveis - mas referindo sempre que essas situações nunca teriam lugar numa operação real. Nomeadamente, a participação da personagem de Jessica Chastain na tortura de prisioneiros, o uso de cães para ameaçar prisioneiros, e uma cena envolvendo o consumo de álcool e o uso de armas de fogo por parte de um oficial do exército dos EUA.
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