Dois documentários, de Gonçalo Tocha e de Joaquim Pinto, com Nuno Leonel, e a longa-metragem de ficção "A Vida Invisível", de Vítor Gonçalves, foram selecionados para o Festival Internacional de Cinema de Roma, escreve a agência Lusa.
Produzido pela Rosa Filmes, o filme é protagonizado por Filipe Duarte, Maria João Pinho, João Perry, Pedro Lamares e Susana Arrais, e assinala o regresso de Vítor Gonçalves às longas-metragens, depois de "Uma Rapariga no Verão", de 1986.
Nascido nos Açores, em 1951, Vítor Gonçalves coproduziu ainda "O Sangue", de Pedro Costa, e "A Nuvem", de Ana Luísa Guimarães, e é professor na Escola Superior de Teatro e Cinema desde 1982.
Na secção Cinema XXI, dedicada «às novas tendências cinematográficas», a competição integra dois documentários portugueses: "O Novo Testamento de Jesus Cristo Segundo João", de Joaquim Pinto e Nuno Leonel, e "A Mãe e o Mar", de Gonçalo Tocha.
O primeiro regista a leitura de um texto bíblico - o Evangelho segundo São João - pelo ator Luís Miguel Cintra, durante uma tarde, até ao pôr do sol.
Joaquim Pinto e Nuno Leonel voltam a marcar presença num festival internacional depois de terem visto o documentário "E Agora? Lembra-me" ser premiado no festival de Locarno, na Suíça, e no festival de Valdivia, no Chile.
Já "A Mãe e o Mar", de Gonçalo Tocha, revela uma tradição quase extinta, de mulheres pescadoras e mestre de barcos em Vila Chã, localidade a norte de Vila do Conde.
Gonçalo Tocha, autor do documentário "É na Terra, Não é na Lua", sobre a ilha açoriana do Corvo, começou por rodar uma curta-metragem, encomendada pelo projeto Estaleiro, de Vila do Conde, mas acabou por ter material para uma «longa».
O resultado é "A Mãe e o Mar", um «mergulho das 20 mil léguas submarinas, uma apneia muito profunda, um filme um bocado duro». «Não há música, aquilo é um mergulho puro e duro e é para quem consegue respirar», disse o realizador à Lusa, em julho, quando o filme se estreou em Vila do Conde.
O programa completo da secção Cinema XXI só será revelado no dia 23, e os filmes selecionados serão exibidos no MAXXI - Museu de Arte do século XXI.
A oitava edição do Festival Internacional de Cinema de Roma decorrerá de 8 a 17 de novembro, e conta com um orçamento de sete milhões de euros.
O júri da competição internacional - com filmes concorrentes ao prémio Marco Aurélio de ouro - será presidido pelo realizador norte-americano James Gray.
O festival irá ainda assinalar os vinte anos da morte do realizador italiano Federico Fellini.
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