A organização do Fantasporto lançou esta segunda-feira um apelo para que seja criado um circuito de cinema paralelo em Portugal, de modo a levar aos grandes ecrãs filmes alternativos, sugerindo o estabelecimento de quotas nacionais e europeias.
Na segunda conferência de imprensa sobre a 33.ª edição do Fantasporto, que decorre entre 25 de Fevereiro de 10 de Março no Teatro Municipal Rivoli, o fundador Mário Dorminsky lamentou que não haja um circuito de cinema que permita visionar filmes «diferentes» e que as alternativas surgem através de estruturas, que promovem, por vezes, exibições «ilegais».
Da parte da organização, quer Mário Dorminsky quer Beatriz Pacheco Pereira declararam que «se há ano em que a verba de receita da bilheteira é importante é este», uma vez que o apoio dos privados caiu 70%, restando uma repartição de financiamento que advém em 60% do Estado e 40% das empresas, enquanto anos anteriores veriam a proporção ficar-se em 80% para as empresas e 20% para o Estado.
O Fantasporto precisa de «um bocadinho mais» do que os cerca de 50 mil bilhetes vendidos, afirmou Dorminsky, sublinhando várias vezes que o festival deste ano «vai ser um grande evento».
«É imprescindível (...) que seja criado um circuito paralelo de cinema que proporcione o visionamento de obras europeias, asiáticas que são, muitas vezes, e nos seus países de origem, grandes sucessos de bilheteira», escreveu o fundador do festival, num texto distribuído durante a conferência de imprensa.
A criação de tal circuito «é facílima», podendo replicar-se a rede criada em torno dos teatros, disse Dorminsky, lembrando que há salas de cinema encerradas em todo o país.
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