O diretor francês Patrice Chereau, um dos mestres do cinema europeu por mais de quarenta anos, morreu nesta segunda-feira (7), em Paris, aos 68 anos, confirmou à AFP Elizabeth Tanner, da agência Artmedia.
«Foi um grande diretor de cinema, um grande diretor de teatro e ópera» e também um «homem magnífico. Teve uma extraordinária vitalidade até o final», declarou Tanner.O Seu último trabalho foi "Elektra", de Richard Strauss, ovacionado em julho passado no festival de ópera de Aix-en-Provence.
Chereau era conhecido por ser exigente com os atores e também pela sua enorme capacidade produtiva. O seu modo particular de dirigir misturava instinto e um profundo conhecimento das obras.
Era um homem reservado - «sou um solitário, não gosto de aparecer» - confessou certa vez.
O presidente francês, Francois Hollande, saudou Chereau «como um dos maiores artistas franceses», que em «todo o mundo orgulhou nosso país».
Na ópera, após a sequência que montou com Boulez para o centenário do Festival de Bayreuth, em 1976, que o tornou mundialmente famoso, Chereau colaborou com Barenboim ("Wozzeck", de Berg, em 1992; "Tristão e Isolda", de Wagner, em 2007 ) e com Daniel Harding ("Cosi fan tutte", de Mozart, em 2005), entre outros.
No cimena, dirigiu dez filmes, entre eles "A Rainha Margot" (1994), premiado no Festival de Cannes, e "Intimidade", Urso de Ouro em Berlim em 2001.
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