Os ecrãs paquistaneses não vão passar o
filme de Kathryn Bigelow, "00:30 A Hora Negra", ou a série televisiva "Segurança
Nacional", para evitar a censura e a violência, escreve a agência Lusa.
Uma outra produção norte-americana, a série "Last Resort", também vai ficar de fora dos ecrãs paquistaneses por ser considerada contrária aos interesses do país, um Estado marcado, desde a sua criação em 1947, pelo mito da defesa dos muçulmanos ameaçados pelo estrangeiro.
Estes boicotes são a última forma de censura não oficial no Paquistão, onde as autoridades bloqueiam, há quatro meses, a rede social de partilha de vídeos YouTube por difundir «A inocência dos muçulmanos», filme norte-americano sobre o Islão, que é considerado ofensivo.
O êxito internacional de "00:30 A Hora Negra" não convenceu os muito populares cinemas paquistaneses a decidir difundir o filme de Kathryn Bigelow, sobre uma década de investigações norte-americanas e a execução sumária do líder da Al-Qaeda Osama bin Laden, a 2 de maio de 2011, em Abbottabad, no norte do Paquistão, por um comando das forças especiais dos Estados Unidos.
«Não adquirimos o filme e mais ninguém o fez» no Paquistão, confirmou Mohsin Yaseen, representante da distribuidora de filmes Cinepax.
«Várias cenas só servem para nos humilhar. Por isso, é do interesse da nação paquistanesa» não exibir este filme, explicou.
As distribuidoras cinematográficas decidiram pela autocensura, sem ter em conta qualquer posição oficial da Comissão de Censura paquistanesa.
Em 2010, a comissão proibiu a comédia indiana "Tere Bin Laden", que ridicularizava o chefe da Al-Qaeda, por considerar que podia ofender os muçulmanos e incitar atentados suicidas.
Para a televisão, a Max Media, que detém os direitos do canal por cabo Star World no Paquistão, recusou difundir as séries "Last Resort" e "Segurança Nacional".
"Last Resort", que conta a história de um submarino norte-americano, fala dos bombardeamentos nucleares norte-americanos contra o Paquistão.
"Segurança Nacional", sobre as ameaças de atentados da Al-Qaeda nos Estados Unidos, só menciona brevemente o Paquistão, mas tende também a apresentar o Islão como uma religião a favor da guerra.
«Estas séries são contra os nossos interesses, os nossos valores culturais e a nossa ideologia», explicou à agência noticiosa francesa AFP um responsável da Max Media, que pediu o anonimato, argumentando também que qualquer «vaga referência ao Islão pode inflamar a violência no Paquistão».
"00:30 A Hora Negra" e "Segurança Nacional" são vendidos livremente e em massa nas muitas lojas de DVD piratas do país.
«Não recebemos qualquer ameaça e ninguém nos impediu de vender estes DVDs», declarou um vendedor de uma destas lojas, muito populares em Islamabad.
Uma outra produção norte-americana, a série "Last Resort", também vai ficar de fora dos ecrãs paquistaneses por ser considerada contrária aos interesses do país, um Estado marcado, desde a sua criação em 1947, pelo mito da defesa dos muçulmanos ameaçados pelo estrangeiro.
Estes boicotes são a última forma de censura não oficial no Paquistão, onde as autoridades bloqueiam, há quatro meses, a rede social de partilha de vídeos YouTube por difundir «A inocência dos muçulmanos», filme norte-americano sobre o Islão, que é considerado ofensivo.
O êxito internacional de "00:30 A Hora Negra" não convenceu os muito populares cinemas paquistaneses a decidir difundir o filme de Kathryn Bigelow, sobre uma década de investigações norte-americanas e a execução sumária do líder da Al-Qaeda Osama bin Laden, a 2 de maio de 2011, em Abbottabad, no norte do Paquistão, por um comando das forças especiais dos Estados Unidos.
«Não adquirimos o filme e mais ninguém o fez» no Paquistão, confirmou Mohsin Yaseen, representante da distribuidora de filmes Cinepax.
«Várias cenas só servem para nos humilhar. Por isso, é do interesse da nação paquistanesa» não exibir este filme, explicou.
As distribuidoras cinematográficas decidiram pela autocensura, sem ter em conta qualquer posição oficial da Comissão de Censura paquistanesa.
Em 2010, a comissão proibiu a comédia indiana "Tere Bin Laden", que ridicularizava o chefe da Al-Qaeda, por considerar que podia ofender os muçulmanos e incitar atentados suicidas.
Para a televisão, a Max Media, que detém os direitos do canal por cabo Star World no Paquistão, recusou difundir as séries "Last Resort" e "Segurança Nacional".
"Last Resort", que conta a história de um submarino norte-americano, fala dos bombardeamentos nucleares norte-americanos contra o Paquistão.
"Segurança Nacional", sobre as ameaças de atentados da Al-Qaeda nos Estados Unidos, só menciona brevemente o Paquistão, mas tende também a apresentar o Islão como uma religião a favor da guerra.
«Estas séries são contra os nossos interesses, os nossos valores culturais e a nossa ideologia», explicou à agência noticiosa francesa AFP um responsável da Max Media, que pediu o anonimato, argumentando também que qualquer «vaga referência ao Islão pode inflamar a violência no Paquistão».
"00:30 A Hora Negra" e "Segurança Nacional" são vendidos livremente e em massa nas muitas lojas de DVD piratas do país.
«Não recebemos qualquer ameaça e ninguém nos impediu de vender estes DVDs», declarou um vendedor de uma destas lojas, muito populares em Islamabad.
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