Realizadores, produtores, atores, profissionais do cinema vão concentrar-se na sexta-feira, em frente à Secretaria de Estado da Cultura, em Lisboa, para exigir uma reunião de urgência com Francisco José Viegas, disse à Lusa um dos promotores.
A ação, que decorrerá às 16h00, junto ao Palácio da Ajuda, foi marcada na sequência da demissão, anunciada hoje, da direção do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA). O diretor do ICA, José Pedro Ribeiro, e a subdiretora, Leonor Silveira, demitiram-se da direção do instituto, numa altura em que o Governo se prepara para aprovar a nova lei para o setor.
A Secretaria de Estado da Cultura (SEC) confirmou à Lusa o pedido de demissão e referiu que os dois dirigentes se manterão em funções até serem substituídos. A concentração de sexta-feira foi marcada pela Associação Portuguesa de Realizadores e pelos subscritores do documento «Cinema Português: Ultimato ao Governo», divulgado no começo de maio.
Aquele documento foi colocado na Internet numa petição pública, que soma cerca de três mil assinaturas, como forma de alertar, mais uma vez, para o cinema português, que os subscritores dizem estar paralisado.
Entre os subscritores estão os produtores Alexandre Oliveira, João Matos, Luís Urbano, Maria João Mayer e Pedro Borges, os realizadores João Botelho, Pedro Costa, João Canijo, Gonçalo Tocha, João Pedro Rodrigues, Miguel Gomes, João Salaviza, Manuel Mozos e os programadores Anabela Moutinho, Dario Oliveira e Miguel Valverde.
No passado dia 09, como forma de alertar para esta situação, com os apoios de financiamento do ICA de 2012 suspensos, os mesmos profissionais do setor organizaram uma sessão de cinema ao ar livre junto à Assembleia da República, em Lisboa. A escadaria da AR encheu-se para assistir a uma montagem de vários filmes portugueses, atravessando uma século de história do cinema nacional.
Na semana passada, os realizadores João Salaviza, Miguel Gomes e Gonçalo Tocha estiveram na comissão parlamentar de Educação Ciência e Cultura, onde voltaram a alertar para um cenário de «rutura financeira».
Sem comentários:
Enviar um comentário